Da crónica de Vasco Graça Moura no Diário de Notícias de 29.06.11 (e se precisam de explicador ou "diagramas" para perceberem isto, não há Acordo que vos salve...):
"Isto é tanto mais grave quanto é certo que o Acordo Ortográfico não se encontra em vigor. Só por aberrante raciocínio jurídico poderia aceitar-se o contrário, uma vez que o documento não foi ratificado nem por Angola nem por Moçambique, pelo menos. Logo não produz efeitos na ordem interna de nenhum dos oito países subscritores. [...]
Não vale absolutamente nada um protocolo laboriosamente parturejado na CPLP, para forçar os países que não querem acordo nenhum a 'engolirem' o dito, lá porque houve três ratificações.
Esse protocolo também não foi ratificado. E há onze anos que esses países mostram que não querem o acordo. Lembram-se de que, por cá, havia uns responsáveis da Cultura que há uns tempos andavam a anunciar triunfalmente a ratificação iminente dele por Angola e Moçambique? Era já para dali a meia dúzia de dias... [...]
A 'aplicação' do Acordo a que se vem assistindo em Portugal viola nada mais nada menos do que... o próprio Acordo, uma vez que se está a abrir a porta à divergência ortográfica ao abrigo do delirante princípio das facultatividades.
Foge-se à norma por aplicação absolutamente insensível e estúpida da base IV do documento: no Brasil nunca se escreveu aceção, perceção, deceção, receção, espetador, rutura, perentório... Basta consultar um qualquer dicionário brasileiro."
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Pedro, já subscreveste a ILC contra o AO?
ResponderEliminarhttp://ilcao.cedilha.net