quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Nada de novo

Impressões do primeiro "Nada de cultura", emitido hoje à 1 hora da manhã na TVI24. Achei a conversa muito morna e algo formal: quatro pessoas do mesmo meio que se conhecem e se vêem há anos a tratarem-se por "você". (Seria uma estratégia para camuflar essa mesma proximidade perante a massa de espectadores alheios ao mundo da edição?) O estilo televisivo de Francisco José Viegas não muda há anos, e continua a faltar uma valente dose de contraditório e abrasão neste tipo de programas culturais (mesmo com o Pedro Mexia convenientemente colocado no "outro lado" da mesa): apesar do tratamento deferencial, há familiaridade em excesso. É preciso algo mais e mais dinâmico (e não apenas o frenético movimento da câmara sobre os rostos dos participantes) do que uma ligeira conversa de ocasião entre quatro colegas para manter os olhos abertos em frente ao monitor à 1 da manhã.
(PM)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

"Condessa" de Lautréamont

"Coup sur coup, j'ai publié le Journal de Jeanne et Cataclysme sexuel, écrit par une jeune Elisabeth Chandet. C'était une petite personne a nattes, de seize ou dix-sept ans, le visage serein et angélique, un marquis de Sade en minijupe. Une imagination aussi débordante que celle de Mario [Mercier], mais avec une utilisation mieux surveillée de la syntaxe.
J'ai vendu les droits de Cataclysme sexuel a un éditeur portugais, après la révolution du 25 avril. Celui-ci m'avait demandé de changer le nom de l'auteur, avec la permission de l'intéressée, bien entendu. Nous acquiesçons a son désir. L'éditeur nous envoie nos exemplaires de presse. Stupéfaction, hilarité! Le livre portait 'Isidora Ducasse, comtesse de Lautréamont'".
(Eric Losfeld, Endetté comme une mulle ou la passion d'éditer, Belfond, Paris, 1979, p. 138)
P.S.: Alguém sabe de que editor e edição se tratou?

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011