sexta-feira, 31 de julho de 2009

Modelos

O blogue venezuelano Sobre Edición, através do seu editor Leroy Gutiérrez, acaba de apresentar 3 montagens promocionais nossas (se quiserem, "booktrailers") como modelos a seguir por outras editoras. Neste post, as montagens para O Pássaro Pintado, Criaturas da Noite e O Sonho de Borges são exemplos do que o autor considera serem os 4 mandamentos elementares, e citamos:

"1. Elocuente. Las imágenes deben remitir al libro.
2. Estimulante
. El lector debe querer ir al libro para descifrar el sentido de las imágenes, las palabras o los sonidos que percibe.
3. Breve
. El book trailer es apenas un atisbo del libro, casi como si se pudiera hojearlo en la librería. Así que no puede durar tantto tiempo como para aburrir.
4. Preciso
. Como sucede con los avisos publicitarios, si después de haber visto el book trailer no le queda claro al lector el título del libro y el nombre del autor se ha perdido todo el trabajo."

Aqui ficam os devidos (e corados) agradecimentos. (Ao Manuel Bragado do Bretemas também, pela referência).

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Um SOS entre muitos

As coisas estão mesmo assim: é tempo de SOS. No caso, é a Salt, uma pequena editora inglesa de poesia, com uma imagem impecável (e amigos influentes...), que pede ajuda da única forma em que uma pequena editora pode ter ajuda: comprem, por favor, "um livro apenas" (directamente e no seu site, claro). Começa a tocar-nos a todos, mesmo aos que parecem ter boas unhas para se agarrarem...

Um autor para todas as épocas

Alguém devia dizer ao Ali G para tentar a sorte por cá...

sábado, 25 de julho de 2009

Editar em recessão: entrevistas

Para ler aqui, uma série de entrevistas a editores de pequenas casas independentes (small presses) americanas sobre as suas experiências em tempos de recessão, incluindo Declan Spring, senior editor da mãe de todas as editoras (ainda) independentes americanas, a New Directions.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Covadlo antes de Covadlo



Antes da chegada das respostas de Lázaro Covadlo às nossas perguntas sobre BURACOS NEGROS, eis o autor falando sobre o seu último romance, Las Salvajes Muchachas del Partido.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

BURACOS NEGROS :
montagem promocional





Estamos um bocado fartos disto dos "trailers" (com o prefixo "book" ou sem ele). Eis, portanto, a "montagem promocional" para BURACOS NEGROS de Lázaro Covadlo, da mesma casa que tem produzido "montagens promocionais" desde Novembro de 2005. (Para verem a versão Flash em formato SWF, com melhor qualidade de imagem, desloquem-se à página do livro no nosso site). Com sons de John Cage e John Cale.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Vacaciones de Jordi Codina Font

Eis Vacaciones, a adaptação de "Quando a Tarde Cai", um dos contos de BURACOS NEGROS de Lázaro Covadlo. Curta-metragem de 2007 de Jordi Codina Font. Agradecemos ao realizador e ao autor a autorização para a divulgação deste filme.



quinta-feira, 16 de julho de 2009

Vacaciones: buracos negros sob
o sol inclemente

Antes da sua colocação no Youtube, eis alguns frames de Vacaciones, uma curta-metragem de 2007 de Jordi Codina Font, adaptando o conto "Quando a Tarde Cai" de Lázaro Covadlo, incluído em BURACOS NEGROS. Agradecemos ao realizador e ao autor a autorização para a divulgação deste filme.





segunda-feira, 6 de julho de 2009

Férias com Feltrinelli e Girodias: uma sugestão


Descobri que livros sobre editores (note-se: não sobre edição), memórias ou biografias ou monografias sobre casas editoriais, são viciantes. Por mais monótona e padronizada que possa parecer a actividade vista de fora, há sempre surpresas escondidas nestas páginas, e raramente derivam do que se possa esperar, ou seja, do brilhantismo e excentricidade dos "autores": são os próprios biografados que surgem, mesmo sem grande esforço dos biógrafos, e apenas pela força dos factos, como figuras extraordinárias.
É o caso destas duas sugestões de leitura, dois livros que comprei ao desbarato no ebay (fora os portes, o conjunto ficou por 2 USD, ou seja, perto de 1.40 EUR) e que são uma porta inesperada para duas histórias de edição que desconhecia em detalhe (Girodias) e na totalidade (Feltrinelli).

Que a história da Olympia Press de Maurice Girodias era curiosa, já o sabia: foi, afinal de contas, o único editor com coragem suficiente para avançar com a primeira publicação de Lolita de Vladimir Nabokov em 1955. Acontece que este The Good Ship Venus de John St. Jorre (sim, o nome do autor é mesmo este; não se trata de um dos famosos noms de plume do catálogo da Olympia), publicado pela Pimlico, revela uma das mais incríveis odisseias na história da edição, a de uma casa sediada em Paris que publicava em inglês (na senda da Obelisk do seu pai, Jack Kahane, e da Shakespeare & Company de Sylvia Beach), que, para a maioria, não passava da editora de dirty books mais famosa ou infame (o termo parece ter sido inventado e usado com gosto pelo próprio Girodias, talvez antecipando o seu uso pelos juízes), mas que, à custa do dinheiro ganho com esse nicho, publicou, além de Lolita, os romances de Samuel Beckett, Naked Lunch de William Burroughs, The Ginger Man de J.P. Donleavy, Candy de Terry Southern, e a 1.ª edição em inglês da Story of O de Pauline Reage (e se querem saber quem foi ela realmente, este é o livro certo), para não falar de obras de Henry Miller e Lawrence Durrell. Os capítulos sobre a publicação de Lolita, Naked Luch e Ginger Man valem o peso em ouro (e Nabokov não sai muito bem na fotografia final). St. Jorre está visivelmente fascinado pelo seu "herói" mas isto não é uma hagiografia: recorrendo a uma documentação extensa, cria uma polifonia de vozes antagónicas que dá uma imagem ricamente texturada de um editor relutante no pagamento de royalties e traduções, que passou metade da vida em tribunal (e que, notoriamente, retirava algum prazer disso), e que perdeu a sua editora precisamente num tribunal (os detalhes só lidos mesmo: contados não se acredita...). Quanto aos dirty books propriamente ditos, publicados na série Traveller's Companion de discreta capa verde? Nos seus autores (sob pseudónimo) havia nomes depois famosos como Alexander Trocchi ou Norman Rubington, mas havia também turistas americanas em dificuldade financeira, homens de negócios ingleses, jovens escritores desconhecidos em busca de sustento e até uma jovem paquistanesa cosmopolita, descrita por Girodias assim:

"She always wore flowing silk saris, her hair, thick and braided, had never been cut or coiffed, she was modest, beautiful, patient, polite and draped in veils as she handed us the not-so-innocent product of her cultivated mind. She was, in every way, what my father and I had dreamed a pornographer should be." (p. 58)

Se a história de Girodias é a de um dandy libertino e culto, que prosperou enquanto as leis censórias não foram abolidas em Inglaterra e nos EUA, e que sabia reconhecer e lutar por um bom livro quando o encontrava, a história de Giangiacomo Feltrinelli (Harcourt) é, apesar de explicável pelas contingências culturais da sua época (os anos de 1960 e o pós-1968), talvez a mais radical história da edição do século XX, a de um homem que viveu para o culto e a difusão da palavra impressa e que a certo ponto achou que a palavra não chegava e se preparou para a acção (poder-se-ia traçar um paralelo com o trajecto de Mishima).
Os factos são, por si, espantosos: herdeiro de uma fortuna considerável, Feltrinelli cria a sua casa editorial nos anos de 1950 e no final da década comete a proeza do século: clandestinamente, vai à Rússia resgatar o manuscrito de Dr. Jivago (mas não o seu autor) e, por acordo com Pasternak, torna-se o detentor dos direitos mundiais deste romance. Podem fazer as contas. Anos depois, após o pico da Crise dos Mísseis, está em Havana para assegurar os direitos das memórias de Fidel Castro, o que lhe garante, em 1967, acesso ao inner circle dos rebeldes na selva boliviana (Feltrinelli chega a estar preso em La Paz) , e os direitos mundiais (assegurados pessoalmente por Castro) do Diário de Che Guevara. Podem de novo fazer as contas. Milionário, cada vez mais bem sucedido como editor, ele volta da sua última estada em Cuba um homem diferente: já não é o editor, porque descobre que os livros não terão nunca a força das armas. Com uma amante a quem conta pouca coisa, faz um périplo secreto por África e procura aliados, e, em Itália, radicaliza gradualmente a sua posição política (chega a planear a sublevação da Sardenha, "uma Cuba mediterrânica"). Entra na clandestinidade e desaparece. A 14 de Março de 1972 é encontrado morto junto a um engenho explosivo que teria tentado colocar num posto de transformação eléctrica perto de Milão: os "anos de chumbo" tinham chegado.
Escrito pelo filho Carlo, poderíamos mais uma vez pensar estarmos perante um relato hiperemotivo e factual e analiticamente débil. Erro: Carlo é de uma candura e uma frieza extrema, referindo-se ao seu pai sem o uso do possessivo e procurando dá-lo a conhecer através de documentos escritos e depoimentos de terceiros (os episódios cubanos e latino-americanos são, como é óbvio, absolutamente preciosos, criando uma imagem vívida dos anos cruciais do século XX).

Dois livros sobre um certo tipo de editores cujo molde se perdeu há muito, e que são um refrescante antídoto da actual obsessão com a edição "profissionalizada" e gerida em holdings por "CEOs".
(PM)

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Pack Rhys Hughes a 23 Euros


Na compra deste pack (composto de um exemplar de UMA NOVA HISTÓRIA UNIVERSAL DA INFÂMIA e outro de A SEREIA DE CURITIBA de Rhys Hughes) paga apenas 23 Euros, ou seja, poupa 9 Euros numa compra dos 2 livros ao PVP sem desconto. Consulte a página Loja do nosso site (ou directamente a página de Encomendas). Promoção válida APENAS EM COMPRAS NO NOSSO SITE.

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