quarta-feira, 1 de junho de 2011

Do estado da imprensa literária

De um email recebido hoje (o nome do jornal em questão foi omitido, o resto é transcrito ipsis verbis, com negritos nossos)

"Infelizmente, o .......... terá de colocar um fim à secção livros, pelo menos nos moldes actuais [...]. Devido à falta de meios humanos no nosso jornal, diariamente era obrigado a fazer as manchetes e o trabalho duro da secção em casa, após o horário normal do .......... (e aos fins-de-semana nem se fala, actualizando o que estava em atraso), já que a prioridade do jornal, no que me diz respeito, é o Desporto (e durante esse horário aproveitava para dar as vossas novidades, lançamentos e notícias)."

Entre "guerras das estrelas" e polivalência, assim vai a nossa imprensa "literária", impressa ou online, que parece não ter aptidão ou meios para cobrir, criticar ou sequer mencionar a enorme quantidade e variedade de títulos publicados. E talvez vá sendo hora de começar a pensar que não, não se publica demais, sendo antes os jornais e revistas poucos, e esses poucos bem pouco capazes de estar ao nível dessa variedade de oferta.
(PM)

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