Chama-se Pedro Chagas Freitas e é a "estrela" literária que vai estar na Porto Book Stock Fair a escrever 24 horas sem parar, esperemos que com alguma vaselina na ponta dos dedos. Diz que é o Mourinho da escrita criativa, mas a prosa soa a Carlos Queiroz...
Um pérola: "Aprenda, em pouco tempo, a escrever de forma irrepreensível e criativa. Sem secas. E sem ter sequer de sair de casa." ("Escrever" e "sair de casa" são, portanto, actos correlacionados e interdependentes; a "seca", presume-se, será a obrigação de ler, coisa de somenos para quem quer, afinal e apenas, escrever.)
Outra pérola: "Um dia, disseram-me que, na vida, teria de optar entre escrever e viver. Optei, sem hesitar, por escrever. E sei, hoje, que é ao escrever, e só ao escrever, que sou capaz de viver." (Mas quem lhe impôs essa fatal opção? A Gestapo? E, pela lógica da mesma, ele não deveria estar já morto? Não estará?)
Do mesmo planeta em que "editoras" prometem publicar "todos" os manuscritos recebidos (com a devida factura enviada ao "autor"), chegam os messias da escrita "criativa" (para não confundir com a escrita que não é criativa, como a dos oficiais de contas), no caso, os "Mourinhos" do processador de texto. A sua vida pode mudar. Basta ser escritor. E criativo. E "prontos".
sábado, 5 de fevereiro de 2011
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